Quem ama vez por outra dá uma patrulhada no território e delimita as suas fronteiras. Quem deixou de amar já não fiscaliza, é frio, controlado e jamais perde as estribeiras.
Quem ama sempre acha tempo e encontra um jeito para estar com seu amor. Quem deixou de amar vai postergando sem pressa, deixando que o vento sopre a seu favor.
Quem ama faz perguntas pessoais e usa muito o pronome "nós". Quem deixou de amar conversa banalidades e esquece o significado do advérbio "a sós".
Quem ama quer saber da vida do outro com detalhes e transparência. Quem deixou de amar se esquiva e não cobra do outro mais nada, nem ao menos coerência.
Quem ama é pródigo em e-mails, telefonemas e com muito carinho dá um jeitinho de marcar presença. Quem deixou de amar é pródigo em desculpas e pretextos com os quais passa um verniz para disfarçar a indiferença.
Quem ama é naturalmente fiel e está sempre voltado às necessidades do outro ser. Quem deixou de amar só é fiel a si próprio e ao seu bem-estar e já não percebe os danos que causa, querendo ou sem querer.
Quem ama, mas não pode corresponder por imperativo das circunstâncias, abre o jogo e é sincero. Quem deixou de amar não descarta o outro do baralho, para o caso de uma eventualidade.
Será que neste momento você ama ou deixou de amar?
Se já não ama, com certeza irá se calar ou talvez até dizer:
- Face ao exposto, nada tenho a declarar!
[Autor Desconhecido]
Um comentário:
Olá, Tíssima!
Você tocou num ponto importante: desconfio que o acaso seja parente do destino - ou será que eles são um só?! :)
Lindo, texto, bela imagem!
Beijãoooooooo!
Pedro Antônio
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